06 de junho de 2025 - Em um telefonema que durou cerca de 50 minutos, o ex-presidente dos EUA Donald Trump e líderes chineses anunciaram um acordo preliminar para reduzir as tensões comerciais entre os dois países, incluindo a revisão das tarifas impostas por Washington.
Os Termos do Acordo
Principais pontos negociados:
- Redução gradual das tarifas sobre produtos chineses dos atuais 50% para 35% até dezembro de 2025
- Alívio nas exportações chinesas de terras raras, matérias-primas críticas para a indústria tecnológica americana
- Criação de um grupo de trabalho bilateral para monitorar o cumprimento do acordo
- Compromisso chinês de aumentar as compras de produtos agrícolas americanos
Contexto das Negociações
O acordo surge após semanas de tensões crescentes, quando Trump havia ameaçado elevar as tarifas para até 80% em alguns setores . Analistas destacam que o telefonema de hoje ocorre dias antes do encontro marcado entre representantes dos dois países em Genebra, Suíça, que agora deve servir para detalhar os termos anunciados.
"Há uma linha do mercado dizendo que quanto melhor forem as tratativas das tarifas e mais acordos acontecerem, mais os Estados Unidos, com seu dinamismo, têm a capacidade de seguir em frente" - Raphael Figueredo, estrategista da XP
Reações do Mercado
O anúncio já provocou reações imediatas:
- Bolsa de Xangai subiu 1,8% após o fechamento dos mercados europeus
- Dólar recuou 0,7% frente ao yuan
- Futuros do S&P 500 indicam abertura em alta nos EUA
Próximos Passos
Embora celebrado como um avanço, especialistas alertam que o acordo ainda precisa ser formalizado:
- Detalhamento técnico durante o encontro em Genebra na próxima semana
- Aprovação pelo Congressos americano
- Implementação gradual das reduções tarifárias
Impactos para o Brasil
O acordo pode influenciar:
- Exportações de commodities, com possível aumento da concorrência chinesa por produtos agrícolas americanos
- Preços globais de metais e minérios
- Relações comerciais do Brasil com ambos os países
Análise: Um Alívio Temporário?
Embora o mercado tenha reagido positivamente, persistem dúvidas sobre a sustentabilidade do acordo:
- Trump mencionou anteriormente tarifas de 80%, sugerindo que facções dentro do governo americano podem pressionar por medidas mais duras
- A China mantém subsídios estatais a setores estratégicos, ponto sensível para os EUA
- Eleições americanas de 2026 podem reacender o debate protecionista

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